domingo, 29 de abril de 2007

Domingo

verde mar de minha terra

.




ontem parecia que o inverno era o nosso tempo. mas nessas latitudes sempre é verão. então a promessa de vinho e fondue no frio que se anunciava fica adiada. pois o tempo do inverno aqui é algo improvisado, sempre superado pelo afobamento da rua, pelo calor que se solta dos corpos. hoje, com esse sol se derramando pela praia do futuro, aonde o mar invade a aparente lassidão do domingo, melhor mergulhar, mesmo sem bote salva-vidas, e admitir, que voltar ao mar é condição fundamental para ser feliz.




domingo, 22 de abril de 2007

[Pensamento do dia]

.
.
Com ou sem religião, as pessoas bem-intencionadas farão o bem
e as pessoas mal-intencionadas farão o mal;
mas, para que as pessoas bem-intencionadas façam o mal,
é preciso religião.
.
.
Steven Weinberg, físico norte-americano, nobel de física,
espantado com alguma coisa.

.
.

sábado, 21 de abril de 2007

Marie Antoniette




Sofia Coppola, em Maria Antonieta, atesta que podemos, e devemos, quebrar imagens. A diretora abandona o contexto político do século XVIII e a versão da história oficial que vê na rainha a faísca que causou a Revolução Francesa e prefere falar da vida de uma jovem, aprisionada na corte que, em sua condição de adolescente, segue descobrindo a vida, vislumbrado a liberdade da alma. Uma jovem com todas as determinações de sua época, que assume o papel de mulher, mãe, e carrega, ao mesmo tempo, missão, culpa, tristeza, frivolidade e poesia comuns à corte de Maria Antonieta, mas também banal a qualquer época. Essencialmente, rompe com a imagem, comum à filmografia da história da revolução francesa, de uma corte apenas cheia de perversidade. A trilha sonora, pérolas da angústia juvenil dos anos 70, 80, e 90, nos faz viajar nos contrastes dos tempos, e saber que estamos, sim, diante de uma livre leitura da história e seus personagens. Um recorte possível e ousado, destituído de suas versões em linha reta ou biografia autorizada, essa história da rainha soma-se às narrativas visuais contemporâneas, clipada, sem pudor e pretensões e nos faz sorrir e cantar.


Marie Antoniette: Estados Unidos/Japão/França, 2006
Roteiro e Direção: Sofia Coppola.

sábado, 14 de abril de 2007

Air

Mer du Japón é uma das músicas do novo disco Pocket Symphony dos franceses AIR.
O clipe passeia por linhas do metrô no suburbio de Tóquio.

">">

sexta-feira, 13 de abril de 2007

Pista

steinar jakobsen
>perdemos a noção da temperatura. mas hoje o sol me deixou confortável para saber que depois dos excessos, vem o silêncio, e logo um certo caos. para tentar pôr ordem, sigo uma pista, a BR116, sem lugar de chegada. play uma música indie, meu espírito assim exige. percorrer, por percorrer. sem sina e nem tolerância para companhia. perder-se no tempo, nesse espaço marcado de linhas quase retas. acelero ou sigo mais lentamente, conforme a música. tenho um interesse fora do comum por histórias absolutamente ordinárias, com finais felizes e um longo beijo antes dos créditos finais. mas hoje estou indolente, e confesso, meu tempo com você estourou. beibe, pare de me seguir. quero ir nessa contramão, sem me importar se é noite, se chove, ou se é dia lá fora.

segunda-feira, 9 de abril de 2007

Azul



nesses dias santos, andei por ruas, subi e desci ladeiras, entrei em alguns templos, divinos e profanos. vi e ouvi o novo trabalho de Ry Cooder, que é um disco, um livro de histórias infantis, uma declaração política, com canções americanas de protesto popular. tentei ler sobre minha aldeia, um romance escrito nos idos dos anos 1920, mas fiquei ali pela introdução. estive arredia à mídia, exílio voluntário. observei uma cidade, conectada-desconectada do mundo, uma babel, Macondo, Coccoci. um lugar, no Cariri, de gente, idiomas, climas e sinais, que a tudo contém, mas que também padece – assim os humanos em espera de absolvição, nesses dias santos. também olhei do alto, o céu, com olhos azul-turqueza, talvez a cor da fé. do alto, sempre planam dúvidas. como é frágil o coração que tenta traduzir sentimentos, artifícios, lugares, juntar pedaços desse antigo-novo mundo, e ora se alegra, ora se lamenta, nesses momentos de fuga.

quinta-feira, 5 de abril de 2007

Pacaya






vulcão Pacaya em erupção
Guatemala