Caleidoscópio
não se descobrem novos oceanos se não se tiver coragem de perder a terra de vista. (andré gide)
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
Un pacto
odiandonos sol a sol,
revolviendo mas
en los restos de un amor
con un camino recto,
a la desesperación.
Desenlacé en un cuento de terror.
Seis años así
escapando a un mismo lugar
con mi fantasía,
buscando otro cuerpo,
otra voz
fui consumiendo infiernos,
para salir de vos,
intoxicado, loco y sin humor.
Si hoy te tuviera aquí,
cuando hago esta canción,
me sentiría raro,
no tengo sueño,
mi panza vibra,
tuve un golpe energético,
milagro y resurrección
y eso que estaba tieso,
bajo control.
El poder siempre mata,
si para tenerte aqui
habría que maltratarte
no puedo hacerlo
sos mi Dios
te veo me sonrojo y tiemblo
que idiota te hace el amor,
y hoy quiero darle rienda,
a esta superstición
un pacto para vivir.
Letra da canção "Un pacto" do disco "De la cabeza con Bersuit" de Bersuit Vergarabat
domingo, 7 de dezembro de 2008
narrativa ordinária
enquanto faço planos para um céu azul um convite à praia cedo você escuta e cantarola uma música triste também faço planos pra outros dias longos dias de outono com o por de sol às nove da noite em outro hemisfério dar voltas no quarteirão a pé parar numa banca de revistas na floricultura comprar tulipas amarelas as mais belas é certo oportuno agora é ouvir outra música ou outra voz cantarolar tomar um chá de melissa olhar paisagens desconhecidas através de janelas verdes inverter a ordem das coisas e nada será mais como antes sentir frio na barriga e inquietude antes de partir que raro que sejas tu quem me acompanha soledad a mim que nunca soube bem como estar só o refrão da música se repete na memória enquanto escrevo este plano em linha reta a espera do sono antes que testemunhe mais uma de tuas mil e uma noites mal dormidas em leituras atentas silencioso em companhia de cúmplices fiéis latidos de cachorros portas rangendo chuva no telhado freio de ônibus vozes anônimas risos incontidos e inesperados café cozinhando pássaros cantando e logo o amanhecer vem anunciar o vazio sobre a cabeça e teus pés atravessando o dia como estranho mesmo comprando na farmácia um elixir para dar um certo brilho no olho encarar a rotina ordinária com as pupilas dilatadas de sono e confortar a alma imaginando como tchecov que a vida ainda será surpreendentemente bela.
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
festa
A SHORT FILM
It was not meant to hurt.
It had been made for happy remembering
By people who were still too young
To have learned about memory.
Now it is a dangerous weapon, a time-bomb,
Which is a kind of body-bomb, long-term, too.
Only film, a few frames of you skipping, a few seconds,
You aged about ten there, skipping and still skipping.
Not very clear grey, made out of mist and smudge,
This thing has a fine fuse, less a fuse
Than a wavelenght attuned, an electronic detonator
To what lies in your grave inside us.
And how that explosion would hurt
Is not just an idea of horror but a flash of fine sweat
Over the skin-surface, a brace of nerves
For something that has already happened.
(Letters of Ted Hughes)