não se descobrem novos oceanos se não se tiver coragem de perder a terra de vista. (andré gide)
segunda-feira, 9 de abril de 2007
Azul
nesses dias santos, andei por ruas, subi e desci ladeiras, entrei em alguns templos, divinos e profanos. vi e ouvi o novo trabalho de Ry Cooder, que é um disco, um livro de histórias infantis, uma declaração política, com canções americanas de protesto popular. tentei ler sobre minha aldeia, um romance escrito nos idos dos anos 1920, mas fiquei ali pela introdução. estive arredia à mídia, exílio voluntário. observei uma cidade, conectada-desconectada do mundo, uma babel, Macondo, Coccoci. um lugar, no Cariri, de gente, idiomas, climas e sinais, que a tudo contém, mas que também padece – assim os humanos em espera de absolvição, nesses dias santos. também olhei do alto, o céu, com olhos azul-turqueza, talvez a cor da fé. do alto, sempre planam dúvidas. como é frágil o coração que tenta traduzir sentimentos, artifícios, lugares, juntar pedaços desse antigo-novo mundo, e ora se alegra, ora se lamenta, nesses momentos de fuga.
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5 comentários:
lindo, como sempre
by the way, estou acá agora: ricardosaboia.wordpress.com
(cansei do blogger me obrigar a ter uma conta google)
Ricardo,
só prá registrar que amo tu!
besos
é sempre muito frágil
[sempre não consigo passar todo o sentimento]
besos
Puxa, tuas palavras me encantam.
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