domingo, 25 de março de 2007

Confissão

V. Kandinsky, composição VII
.
.
.
que esta minha paz
e este meu amado silêncio
não iludam a ninguém.
.
.
não é a paz de uma cidade bombardeada e deserta
nem tampouco a paz compulsória dos cemitérios.
.
.
acho-me relativamente feliz
porque nada de exterior me acontece...
.
.
mas, em mim, na minha alma,
pressinto que vou ter um terremoto!
.
.
.
Mário Quintana

4 comentários:

maria. disse...

mario quitanda é delícia demais :~

cecília niña disse...

cada qual com seus terremotos.
eles não avisam quando vem (ou até avisam, mas por muitas vezes são ignoradas), e o estrago é grande.

aja pá pra recolher os cacos.

DE-PROPOSITO disse...

Amar o silêncio, creio que é amar a ternura.
Fica bem.
Felicidades.
Manuel

Anônimo disse...

alguem pode resumir todo esse terremoto em simples versos. perfeito.

abração dear