sábado, 10 de março de 2007

Jean Baudrillard

morre o autor de Simulacros e Simulações





O filósofo, sociólogo e crítico da cultura francês, Jean Baudrillard, 77 anos, morreu no dia 7 de março, em Paris. Baudrillard iniciou sua carreira traduzindo Karl Marx, Bertold Brecht e Peter Weiss. Ficou conhecido mundialmente por sua crítica à sociedade de consumo, e por sua filosofia fundamentada no conceito de virtualidade do mundo aparente - teorias do simulacro e hiper-realidade.

Para Baudrillard a realidade é um simulacro, uma criação espetacular dos meios tecnológicos de comunicação. O simulacro não oculta a verdade, ele é a verdade. O espetáculo é crucial para criarmos visões do mundo. A autenticidade das coisas mundanas é crescentemente substituída pela cópia, pela reprodução, pela simulação. Assim, o mundo se define por um processo de desmaterialização do real. O homem moderno, extasiado, desvincula-se, crescentemente da natureza e de seu meio social, e dirige seu olhar às mensagens midiáticas que, excessivas, dificultam a busca de sentido.

Tornou-se célebre por suas polêmicas, sobre a arte - a arte contemporânea é uma nulidade; a Guerra do Golfo - a guerra não aconteceu, ela foi uma simulação da TV. Ou também, sobre os ataques de 11 de setembro – uma mescla de hiper-realidade, simbolismos e fantasias tenebrosas, resultado de nossos desejos: “o terrorismo é imoral e responde a uma globalização que também é imoral.” Sua crítica, corajosa e lúcida, nos faz pensar sobre as inúmeras máscaras da sociedade contemporânea.

7 comentários:

Unknown disse...

Uma granade perda para um mundo que a cada dia está mais virtual!

ps: Muito bom te encontrar pela noite, grande abraço e saudades sempre

baccione

Anônimo disse...

Definitivamente, um nome interessante á conhecer. Já ouvira falar dele, mas nunca me chamou a atençãoa té sua descrição da obra dele.

Beijos de saudade.

Anônimo disse...

Olá
Que a felicidade ande por aí.
Fica bem.
Manuel
http://de-proposito.blogspot.com/

DE-PROPOSITO disse...

Nunca li nada, sobre este filósofo, nem obras suas. Um que costumo ler é Francesco Alberoni, e do qual gosto imenso.
Veremos se esta postagem me alerta para o filósofo que citaste.
Tudo de bom para ti.
Felicidades

Mi nombre es Mucha disse...

Nice blog

Titá disse...

Não sei bem como vim aqui parar,mas confesso, que estou feliz por assim ter sido.
Aqui, deliciei-me, perdi-me em palavras maravilhosas e aprendi.
Voltarei concerteza.
Obrigada
por este momento

Titá disse...

Bem vinda a este espaço, Simone.
Obrigada pelo elogio. Fico feliz, mas é por certo exagerado, pois eu não sei fazer poesia. Como expliquei anteriormente, são palavras soltas, sentidas, com as quais brinco.
Mas, claro que podes usar no teu blog. Será uma honra.
Beijinhos