segunda-feira, 20 de novembro de 2006

"¡que viva la ciencia, que viva la poesia!"

nesse domingo, quando parei para escutar o disco 12 segundos de oscuridad, de Jorge Drexler, lembrei de três passagens pelo Mercat de les Flors . a primeira, quando assisti (acho que a palavra não é bem essa) o espetáculo Manes da Companhia de teatro La Fura dels Baus, de onde saí atormentada e suja (literalmente), e depois, a leitura livre que eles fizeram do Fausto de Goethe: F@austo versión 3.0. adrenalina que jamais experimentei em uma apresentação de teatro. mas de La Fura não sou eu quem vai dizer do seu vanguardismo. a outra, mais delicada, o show Llueve de Jorge Drexler, quando fomos porque você insistiu em nos apresentar o tal cantor/compositor/instrumentista e (médico) uruguayo. do show aprendi o refrão de “no pienses de más”, a mais poética desse disco, é verdade. desde então, nutro absoluta paixão por Jorge Drexler. graças a você, quem aqui se fez presente nessa primeira escuta de 12 segundo de oscuridad, num dia opressor de tão quente, na cidade de Fortaleza. Acho que você sabe que Drexler atravessou o Brasil, com a música tema de Diários de Motocicleta, (vai retrucar dizendo que viu o filme no multiplex perto da tua casa)... tenho arquivadas algumas das canções dele, quase todas, revelo. inclusive aquelas em dueto com Jarabe de Palo . gosto das suas canções (ele faz da música pop algo sofisticado) e em especial gosto de sua poesia... bacana esse diálogo de Jorge Drexler com o Brasil (agora também através dele me reaproximo de você) em 12 segundos de oscuridad. as participações de Paulinho Moska, Maria Rita e Arnaldo Antunes são geniais; mas me emocionou mesmo a versão com violão de “High abd dry”, de Radiohead. esse cd é melancólico demais..., sabe e parece que gosto disso, sua temperatura pode nos levar a uma abstração do mundo, combina com a oscuridad momentânea de hoje, talvez essa a razão também de te escrever. saudades!

http://www.youtube.com/watch?v=82MMYpbC6RA

2 comentários:

Anônimo disse...

tu que me aumilha com os textos! eu vou tentar baixar pra ouvir.

Ricardo Imaeda disse...

que bom ler seu comentário sobre Jorge Drexler, que tb conheci através de Al otro lado del rio. que bom ouvir seu canto, poesia em prosa corrente.
um abraço direto de São Paulo.